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GALERIA CHAPADA DIAMANTINA
Chapada Diamantina
Do que é feita a Chapada Diamantina?
PEDRAS. O relevo muito forte, acidentado, moldado durante milhões de anos de ação do vento e água sobre as rochas, do movimento da terra que briga com ela mesma e que em fraturas vai se moldando. As rochas que hoje vemos formando a paisagem da Chapada Diamantina são resultado do tempo que age sobre elas. E algumas pedras são mais valorizadas que outras: o diamante, abundante ali durante décadas, criou riqueza, moldou uma sociedade, permitiu uma arquitetura luxuosa para sua época e seu lugar, deu nome à Chapada.
Essas pedras de hoje ficaram altas, fazem sombras nos vales profundos aos seus pés, possibilitam vistas ao longe do pôr do Sol magnífico, num horizonte sem fim. Estar no cume dessas esculturas naturais é estar no topo do mundo, no centro do sertão, no íntimo do Brasil.
ÁGUA. Das pedras brota a água que se mistura ao terreno e corre por suas fendas. Lentamente vão se juntando, ganhando volume, barulho, força e rompendo a Chapada.
Do alto das serras ao fundo dos vales essa é a trajetória das águas, e quando encontram um degrau forma-se a cachoeira, majestosa, que pode ser tranquila ou violenta, sutil ou gigantesca. Uma mera corredeira, ou a maior do Brasil.
BRASILEIROS. Nesse canto do Brasil, encravado no sertão da Bahia, em meio a essa natureza agressiva e generosa, vivem brasileiros simples, que ainda preservam hábitos e costumes antigos, tradições herdadas de muito longe e de há muito tempo.
Procissões mobilizam a cidade, a cidade faz o mercado acontecer e atrai quem está distante. Encarar esses costumes diferentes com um olhar isento é um desafio, apreciar apenas a beleza de suas cores sem julgamentos é uma regra. Diferentes de mim, mas partes do mesmo todo, da mesma unidade, da identidade que nos é comum como povo.
Thelson nos Gerais do Vieira, na Chapada Diamantina.
Foto: João Adriano Z. Minetto
Visitei a Chapada Diamantina no início de 1999 durante uma viagem pelo litoral e interior do Brasil que chamamos de Expedição Maçaranduba. Durante aproximadamente um mês percorri o interior de Minas Gerais, o litoral do Espírito Santo e sul da Bahia, a Chapada Diamantina e Salvador. De todos esses locais a Chapada Diamantina certamente foi o mais forte, marcante e bonito de todos. A força da natureza misturada ao seu povo resistente e feliz, com as cores do Brasil, com suas contradições, da riqueza do diamante à miséria do sertão, marcaram meu olhar, minha mente e atraíram minha atenção.
Ter vivido essa experiência, de percorrer os caminhos da Chapada Diamantina e fotografar seus lugares, costumes e pessoas, foi marcante em minha vivência como fotógrafo. A Cachoeira da Fumaça, a maior do Brasil com seus 380 metros; as formações rochosas com vales e horizontes que parecem saídos de um filme pré histórico; um mercado popular que oferece pedaços de carne seca expostos em bancadas de madeira sem qualquer tipo de proteção, ao alcance de todas as mãos; uma travessia pelos Gerais do Vieira e Vale do Paty, nos remetendo a um isolamento da civilização por alguns dias e a uma comunhão com a natureza.
As fotos dessa Galeria tentam traduzir a energia da Chapada Diamantina, a emoção de estar no alto de seus morros tendo os vales à frente, o vento no rosto e um contato com a cultura desse lugar tão especial. Um lugar que reúne a beleza da natureza que resiste ao tempo, águas refrescantes que acolhem mas que cavam seus caminhos, e um povo que com a fé das procissões, da beleza de seus costumes e da força de seu interior sobrevive ao destino de ser brasileiro.
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